Em uma cerimônia lotada de parlamentares, o Palácio do Planalto realizou, nesta terça-feira, a posse dos novos ministros da Justiça e das Relações Exteriores. Os nomes já haviam sido anunciados nas últimas semanas. O governo escolheu dois integrantes do Legislativo afinados com a base, com objetivo de fortalecer o apoio no Congresso.
O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) assumiu o Ministério da Justiça, no lugar de Alexandre de Moraes, aprovado para o Supremo Tribunal Federal (STF). Já o Ministério das Relações Exteriores passa a ser comandado pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), na vaga deixada pelo senador José Serra (PSDB-SP), que alegou problemas de saúde.
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Diante da dificuldade em avançar nas reformas trabalhista e da Previdência, Temer aproveitou a solenidade para pedir apoio às matérias enviadas pelo governo ao Legislativo.
– Nós temos absoluta convicção de que nós teremos sucesso em nome do país. Quando os senhores votarem desta ou daquela maneira, peço que tenham a mais aprofundada consciência de que não votam pelo governo, de que votam pelo país – afirmou o presidente.
O discurso também ressaltou a relação do governo com o Congresso. Temer disse que as conquistas do governo só ocorreram por causa da integração do Executivo com o Legislativo.
– Às vezes me dizem assim: mas você está fazendo uma espécie de semi parlamentarismo. Nenhuma objeção, faço com muito prazer. A verdade é que, no presidencialismo, o que se deve fazer é isso. Porque a cultura brasileira criou uma cultura de centralização do presidencialismo, quase autoritária – discursou Temer.
Além dos presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), dezenas de senadores e deputados acompanharam a posse. Também prestigiaram o evento atuais ministros do governo e os ex-ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e das Relações Exteriores, José Serra.