O governador José Ivo Sartori estará em Brasília, na próxima semana, para se reunir com o presidente Michel Temer e com a bancada federal gaúcha. Na pauta, estará o projeto do governo federal para recuperação fiscal dos Estados.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira, no programa Gaúcha Atualidade, pelo secretário estadual da Fazenda, Giovani Feltes, que mais uma vez demonstrou preocupação com o grau de exigências imposto pelo governo federal no texto para as contrapartidas dos Estados. Feltes defendeu, por exemplo, a redução, mas não a eliminação, dos incentivos fiscais, e lembrou que o governo Sartori vem fazendo a sua parte enxugando despesas desde janeiro de 2015.
– Se ficarmos impossibilitados de utilizar esse instrumento dos incentivos fiscais, estaremos tirando do Estado do Rio Grande do Sul a possibilidade de atrair empresas para cá e de empresas que já estejam aqui ampliem suas atividades. E o que é pior ainda, estados outros podem se beneficiar desses instrumentos que nós não teríamos mais e quem sabe retirar do solo gaúcho oportunidades importantes.
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O secretário da Fazenda destacou três pontos para a recuperação do Rio Grande do Sul: a aprovação do pacote de austeridade que tramita na Assembleia Legislativa, a adequação do Plano de Recuperação Fiscal proposto pela União e que a economia gaúcha volte a crescer.
Feltes voltou a descartar a possibilidade de privatizar Corsan e Banrisul dentro do pacote de projetos que tramita no Legislativo. No entanto, o secretário destacou que o Estado não tem recursos para capitalizar a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Companhia Riograndense de Mineração (CRM).