Em depoimento ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin, na sexta-feira, o ex-funcionário da Odebrecht José Carvalho Filho afirmou que negociou, em 2014, o repasse de R$ 4 milhões diretamente com o chefe da Casa Civil Eliseu Padilha. A oitiva foi realizada no âmbito das investigações que podem resultar na cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. As informações são do portal G1.
Em nota, a assessoria de imprensa de Padilha informou que o ministro está em repouso por recomendação médica e não irá se manifestar.
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Segundo o delator, Padilha indicou endereços que Carvalho levou a Maria Lucia Tavares, secretária que atuava no Departamento de Obras Estruturadas – conhecido como departamento de propina da Odebrecht. Entre os locais para a entrega do dinheiro estava o escritório de José Yunes, amigo de Michel Temer. A quantia deveria ser entregue a Yunes ou Cida, que o delator não especificou quem seria.
Maria Lucia, por sua vez, forneceu senhas para que Carvalho repassasse a Padilha. Os códigos deveriam ser usados por quem recebesse o montante, pago em parcelas de R$ 500 mil a R$ 1,5 milhão. Ainda conforme o G1, Carvalho disse ao TSE que Maria Lucia chegou a lhe mostrar um recibo para comprovar que a encomenda no escritório de Yunes tinha sido recebida por Cida.
*Estadão Conteúdo