Política

Defesa

Nova acusação contra Lula na Lava-Jato é "peça de ficção", afirma advogado

Ex-presidente foi denunciado pelo Ministério Público Federal por corrupção e lavagem de dinheiro, na quinta-feira

Estadão Conteúdo

Após nova denúncia, desta vez por corrupção e lavagem de dinheiro, o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, afirmou, em nota, que o petista é alvo de "perseguição" do Ministério Público Federal (MPF).

"Como ele (Lula) pode ser o 'comandante' de 'uma sofisticada estrutura ilícita de captação de apoio parlamentar' de sustentação ao seu projeto político, se as testemunhas e os delatores oficiais arrolados para comprovar tal envolvimento e malfeitos negam essa sua participação? O mérito da denúncia repete um enredo já superado. Mais uma vez parte-se da convicção e não da prova. Não há como acatar, senão como peça de ficção, a denúncia de hoje (quinta-feira)", disse.

Leia mais
Lava-Jato denuncia Lula por corrupção e lavagem de dinheiro
Lula pede indenização de R$ 1 mi a Deltan Dallagnol por danos morais
Odebrecht relata propina para projeto de submarino nuclear da Marinha

Segundo a defesa, Lula não "mantém qualquer relação de fato ou de direito" com o imóvel em São Paulo onde, segundo a denúncia, seria instalado o Instituto Lula.

"Por outro lado, querem transformar uma relação locatícia privada de um apartamento vizinho àquele que pertence a Lula – como mostra o registro imobiliário – e onde ele mora, na prática de um crime", afirmou Martins.

A defesa ainda criticou o fato de a denúncia ter sido apresentada "menos de três dias úteis após a entrega do relatório que concluiu o inquérito policial".

"E o relatório policial foi concluído menos de um dia útil após Lula ter apresentado seus esclarecimentos, mostrando que não havia objetivo de apuração, mas apenas de dar continuidade à sequência de acusações e violências jurídicas."

"Seguro prisional"

Em nota, a defesa de Antonio Palocci e do ex-assessor Branislav Kontic criticou a denúncia.

"Trata-se de multiplicar infinitamente factoides que não têm respaldo na realidade para se instaurarem inquéritos e ações penais, com decretação de novas prisões. É uma espécie de seguro prisional. Se os tribunais superiores libertarem os réus do processo 'A', imediatamente se decreta a prisão no processo 'B'".

As defesas dos outros denunciados não foram localizadas pela reportagem.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Timeline Gaúcha

10:00 - 11:00