O empresário Marcelo Odebrecht, preso na Operação Lava-Jato, depôs pelo segundo dia consecutivo aos investigadores da força-tarefa em Curitiba e da Procuradoria-Geral da República na tarde desta terça-feira.
Preso desde 19 de junho de 2015, condenado a 19 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, ele fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Além de Odebrecht, outros 76 executivos ligados à empreiteira fecharam acordo de colaboração.
Leia mais
Carta Capital teria recebido R$ 3,5 mi da Odebrecht a pedido de Mantega
"Não podemos ficar paralisados com as delações", afirma Rogério Rosso
Quem são os principais delatores da Odebrecht
Como a Odebrecht se beneficiou da rede de corrupção formada por políticos
Um deles é Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira. O anexo da delação de Melo Filho tem 82 páginas. Ele cita, inclusive, o presidente Michel Temer e a cúpula do PMDB, senadores Romero Jucá e Renan Calheiros, além do ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).
Outros ex-dirigentes da Odebrecht estão depondo ao longo desta semana a procuradores da República que integram a força-tarefa da Operação Lava-Jato.
A empresa, por sua vez, também fechou um acordo de leniência com três países, Brasil, Estados Unidos e Suíça, no qual se comprometeu a pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões a ser paga em 20 anos dividida entre os três países.
*Estadão Conteúdo