A Procuradoria-Geral da República apresentou uma segunda denúncia contra o governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), no âmbito da Operação Acrônimo. O empresário Marcelo Odebrecht também foi denunciado.
A denúncia relaciona ainda outras quatro pessoas, entre eles o empresário Benedito Oliveira, o Bené, que afirmou em sua delação premiada que a Odebrecht pagou propina a Pimentel.
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Segundo Bené, Pimentel queria o repasse de R$ 20 milhões e R$ 25 milhões, mas a direção da Odebrecht só teria autorizado o pagamento de R$ 12 milhões.
A acusação contra o grupo é pela prática dos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.
Pimentel já é alvo de uma denúncia na Acrônimo, que está sob a análise da Assembleia Legislativa de Minas. No mês passado, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o legislativo estadual teria de autorizar a abertura de uma ação penal contra o governador.
Em nota, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que essa denúncia é ainda "mais frágil" que a anterior, por ter como base "exclusivamente" o depoimento de um colaborador, no caso Bené, "não se apoiando em nenhum meio de prova admitido pela Justiça".
A assessoria de imprensa da Odebrecht disse que nem a empresa nem a defesa do empresário iriam comentar o caso.
*Estadão Conteúdo