O juiz federal Sérgio Moro revogou a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. Ele tinha sido preso temporariamente, durante a manhã desta quinta-feira (22), na 34ª fase da Operação Lava Jato - deflagrada hoje. As informações são do portal G1.
No cumprimento do mandado, a Polícia Federal (PF) foi até a casa do ex-ministro, em São Paulo (SP), mas não o encontrou. No momento, ele acompanhava em uma cirurgia da esposa, no Hospital Albert Einstein, também na capital paulista. Os agentes da PF foram até lá e, então, prenderam o ex-ministro.
Moro afirmou que PF, Ministério Público Federal (MPF) e Justiça não tinham conhecimento do estado de saúde da esposa de Mantega.
34ª fase da Lava Jato
A 34ª fase da Operação Lava Jato foi deflagrada nesta quinta-feira. De acordo com o MPF, Eike Batista procurou o órgão para prestar depoimento em maio deste ano. Neste depoimento, o empresário contou que Mantega fez um pedido expresso de pagamento de R$ 5 milhões em benefício do Partido dos Trabalhadores (PT). O valor seria para pagamento de dívidas de campanha.
"Em seguida, o Grupo OSX teria sido procurado por Mônica Moura, esposa de João Santana, publicitário prestador de serviços para campanhas do Partido dos Trabalhadores. Eike Batista teria concordado com o repasse e ordenado aos seus subordinados que o fizesse. O repasse de valores teria sido feito mediante depósito no exterior", diz o despacho de Sérgio Moro.
Ainda segundo o MPF, o depósito foi feito em contas no exterior, no valor de US$ 2,35 milhões.
A 34ª fase da Lava Jato foi intitulada Operação Arquivo X. As equipes policiais cumpriram 49 ordens judiciais, sendo 33 mandados de busca e apreensão, oito mandados de prisão temporária e oito mandados de condução coercitiva.
Os mandados foram cumpridos no Rio Grande do Sul, em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Distrito Federal. Em Porto Alegre, houve um mandado de busca e prisão de um ex-funcionário de empresa investigada, no bairro Cristal, zona sul da cidade.