O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o empresário Marcelo Odebrecht foram indiciados, nesta quinta-feira, pela Polícia Federal por corrupção envolvendo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no âmbito da Operação Acrônimo.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pimentel teria recebido, quando foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014, propina da Odebrecht em troca de liberação de financiamento do bando para obras da construtora que seriam realizadas no Exterior.
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Segundo o Estado de S. Paulo, Pimentel tem foro privilegiado e, por isso, o indiciamento teve de ser autorizado pelo ministro do STF Herman Benjamin. Os crimes a ele imputados são de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Na ficha do empresário a PF listou corrupção ativa.
Operação Acrônimo
A 8ª fase da Operação Acrônimo foi deflagrada na manhã desta quinta-feira. O objetivo desta etapa, segundo a PF, é apreender documentos que possam esclarecer a existência de uma suposta organização criminosa especializada em se beneficiar junto ao governo federal com pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos.
Foram cumpridos 11 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor) e nove de buscas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal.
Depois de oito meses de investigação, em maio de 2015, quando a PF deu início à Operação Acrônimo com objetivo de buscar a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília. A aeronave transportava o empresário Benedito Rodrigues de Oliviera Neto, conhecido como Bené, apontado como suposto operador do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).
Bené já foi preso em outra fase da Operação Acrônimo, mas liberado após pagar fiança. Ele se tornou delator da Acrônimo. Também na 1ª fase da Acrônimo, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília.