O julgamento de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff tem início nesta quinta-feira, com baixa expectativa de público nas ruas. A previsão é de que a Esplanada dos Ministérios reúna, no máximo, 60 mil pessoas na terça-feira, dia em que é esperado o maior movimento.
Em reunião realizada na quarta-feira, na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, o consenso é de que desta vez a movimentação será menor do que a registrada em abril, quando a Câmara dos Deputados votou o processo de abertura do impeachment. Na ocasião, a Esplanada chegou a reunir 80 mil pessoas.
– Não há mais patrocínio – disse Beatriz Kicis, representante de grupo pró-impeachment, sobre uso de telões.
Carmen Foro, integrante da CUT e representante do grupo contra o afastamento, preferiu não arriscar números.
– As convocações ainda estão sendo realizadas. Além disso, a movimentação ocorrerá não apenas em Brasília, mas em todo o País – afirmou.
A definição sobre a instalação de um telão para acompanhar a votação dos senadores, disse Carmen, seria dada nesta quinta-feira.
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A estimativa é de que no máximo 120 pessoas se dirijam nestas quinta e sexta-feira, à Esplanada para acompanhar o início do julgamento. Diante da baixa expectativa de público, a Secretaria de Segurança Pública do DF desistiu da ideia de interromper o trânsito nas proximidades do Congresso Nacional. A medida somente será adotada à zero hora de segunda-feira e se estenderá até o fim do julgamento.
O efetivo de segurança entre quinta-feira e domingo também será reduzido. Além da Polícia Legislativa, 180 policiais serão recrutados para atuar na quinta e sexta-feira. Na segunda-feira, dia em que a presidente afastada Dilma Rousseff deverá fazer sua defesa no Senado, deverão ser mobilizados 380 policiais.
Grupos contra o impeachment esperam realizar na segunda a sua maior mobilização. Manifestantes contra Dilma também deverão concentrar seus esforços na segunda e terça.
– A princípio, a mobilização será menor do que nas etapas anteriores. A situação já está relativamente concretizada – avaliou o coordenador do grupo Vem para Rua, Jailton Almeida.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.