Ex-tesoureiro e ex-deputado do PT, o gaúcho Paulo Ferreira se apresentou à Justiça na tarde desta sexta-feira (24). Junto ao seu advogado, ele prestou esclarecimentos na audiência de custódia, no fórum federal de São Paulo (SP).
Ferreira era considerado foragido porque não foi encontrado pela Polícia Federal (PF) para o cumprimento de mandado de prisão preventiva durante a Operação Custo Brasil, desencadeada ontem em quatro estados e no Distrito Federal.
O advogado de Ferreira, Roberto Batochio, esclareceu que seu cliente não foi localizado porque mudou de endereço há poucos dias. Ele morava em um apartamento funcional, em Brasília, mas precisou se mudar após a exoneração da esposa, a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campellio.
“A Polícia Federal tinha em seus registros o endereço antigo, já que ele se mudou recentemente. Por isso não foi encontrado”, justificou o advogado. Segundo ele, o argumento utilizado para o pedido de prisão foi a possibilidade de fuga de Ferreira. A expectativa de Batochio é de que a decisão seja revertida, já que seu cliente se apresentou e prometeu colaborar com as investigações.
Operação Custo Brasil
A operação Custo Brasil - desdobramento da 18º fase da Lava Jato conhecida como Pixuleco II - apura o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).