Documentos que já estão em posse da Procuradoria-Geral da República apontam que pagamentos de itens pessoais da presidente afastada seriam realizados pelo esquema montado na Petrobras. Entre eles, os custos do cabeleireiro de Dilma, Celso Kamura, cujas viagens a Brasília custavam cerca de R$ 5 mil. As informações são do colunista Merval Pereira, do jornal O Globo.
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Os dados aparecem em trocas de mensagens que eram realizadas em uma rede de e-mails do Gmail que não era rastreável, pois as mensagens ficavam sempre numa nuvem de dados, sem serem enviadas.
Segundo o jornal, há também indicações de que um teleprompter especial foi comprado para Dilma sem ser através de meios oficiais, para escapar da burocracia da aquisição.
Os documentos revelam, também, que Dilma tinha conhecimento do teor das negociações envolvendo interesses políticos na compra da refinaria de Pasadena, antes da reunião do Conselho de Administração da Petrobras que aprovou o negócio.
Em nota à imprensa, Kamura afirma que os "deslocamentos e atendimentos de corte e coloração prestados à presidente afastada Dilma Rousseff, mensalmente ou bimestralmente, foram contratados e pagos pessoalmente por ela, não havendo nenhum vínculo com o governo ou agências de marketing intermediárias". Ainda segundo o comunicado, os serviços para campanhas eleitorais e pronunciamentos oficiais foram contratados e pagos pela empresa Pólis Propaganda e Marketing, que cuidou também de passagens e estadias. O cabeleireiro ainda esclarece que o valor cobrado para cada trabalho realizado foi muito inferior aos mencionados, e que foram emitidas notas fiscais para cada um dos serviços realizados.