Em ofício encaminhado ao juiz Sergio Moro nesta segunda-feira, a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba informou que "não há acordo de colaboração" com executivos da Odebrecht, nem acordo de leniência com a empreiteira e pediu ao juiz da Lava-Jato que dê prosseguimento a uma das ações penais contra executivos e ex-executivos da empresa.
Apesar de negar que a colaboração esteja fechada, desde o começo do mês, integrantes da força-tarefa e da empreiteira vêm se reunindo para negociar os termos da colaboração que deve envolver vários políticos com foro privilegiado.
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A petição foi protocolada na segunda ação penal que mira os contratos da maior empreiteira do país na Petrobras e acusa os executivos da empresa de crimes como lavagem de dinheiro e corrupção. No dia 1º de junho, Moro havia suspendido esta ação por 30 dias após vir à tona a notícia de que a empresa estaria negociando uma colaboração "definitiva" com o Ministério Público Federal.
Agora, porém, os procuradores deixaram claro ao juiz que não há nenhum acordo fechado com a maior empreiteira do país nem com seus executivos que foram enquadrado pela maior operação de combate à corrupção que avança agora sobre novas offshores utilizadas pela Odebrecht para o pagamento de propinas e outros setores de atuação da empresa, que tem obras em todo o mundo.
Marcelo Odebrecht e outros nomes ligados à empresa já foram condenados na primeira ação contra eles na Lava-Jato e ainda respondem a outras duas acusações em trâmite perante o juiz Sergio Moro.
*Estadão Conteúdo