A decisão comemorada pela maioria dos deputados, que aprovou o parecer favorável à cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), será alvo de recurso. Em nota divulgada em suas redes sociais nesta terça-feira, o peemedebista afirmou que é "inocente" e que irá recorrer à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) para tentar efeito suspensivo à decisão.
Cunha alegou que o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar submeteu o processo à votação "após inúmeras manobras de adiamento".
"O processo foi todo conduzido com parcialidade, com nulidades gritantes, incluindo o próprio relator, que não poderia ter proferido parecer após ter se filiados a partido integrante de bloco do meu partido. Essas nulidades serão todas objeto de recurso com efeito suspensivo à CCJ, onde, tenho absoluta confiança, esse parecer não será levado adiante", disse na nota.
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O presidente afastado da Câmara afirmou ainda confiar que, em plenário, terá a oportunidade de se "defender e de reverter essa decisão". Para que seja cassado, são necessários 257 dos 512 votos dos deputados.
Cunha também reiterou que é "inocente". Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao negar ser o dono de contas não declaradas no Exterior. O processo contra ele tramita na Casa há cerca de oito meses, sendo o mais longo da história do Conselho de Ética.