A possível indicação do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (RJ), para o Ministério do Esporte de um eventual governo Michel Temer pode abrir um novo racha na bancada do partido em relação ao sucessor da liderança.
Peemedebistas que apoiaram a candidatura do deputado Hugo Motta (PB) na última disputa pela liderança do PMDB na Câmara já falam que, confirmada a indicação de Picciani para o Esporte, vão defender a realização de uma nova eleição para líder da legenda na Câmara.
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"Não existe vice-líder assumindo liderança se o líder sair. Não é igual a vice-presidente. Vamos defender uma nova eleição para a liderança", afirmou um peemedebista. "Você acha que vamos aceitar o (Leonardo) Quintão (1º vice-líder do partido)", disse outro deputado.
Picciani, no entanto, já disse a interlocutores que é contra a ideia. Quer que Quintão assuma a liderança até o início de 2017, quando haverá nova eleição para líder. Os dois tinham acordo para que deputado mineiro sucedesse Picciani em 2017, com apoio do parlamentar fluminense.
Foi por conta desse acordo que Quintão desistiu de candidatura própria a líder do PMDB e passou a apoiar Picciani. Na época da disputa, a ideia era de que o deputado fluminense disputaria a presidência da Câmara e apoiaria o parlamentar mineiro para liderança em 2017.
O eventual racha na bancada do PMDB pode atrapalhar o início de governo Michel Temer. Isso porque Temer teria mais um problema, dessa vez interno, para resolver, no momento em que precisaria da unidade do partido em prol da sua administração.