A reunião da comissão que votará o parecer do impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado começou com 24 minutos de atraso e ainda foi suspensa, logo no início, por um motivo inusitado: a troca da campainha da sala.
Com som semelhante ao das sinetas escolares, o equipamento foi acionado várias vezes durante bate-boca entre os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).
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O presidente da comissão, Raimundo Lira (PMDB-PB), tentou, sem sucesso, assegurar a palavra a Lindbergh, quando decidiu paralisar a sessão por cinco minutos para trocar o aparelho.
– Essa campainha não está à altura do momento histórico que estamos vivendo – disse Lira.
Depois disso, funcionários vestindo uniformes azuis chegaram ao local com uma escada. Tiraram a campainha de uma sala próxima e instalaram no lugar da outra, observados por dezenas de jornalistas.
Em meio à troca do aparelho, a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES) se sentiu mal, e socorristas chegaram a ser acionados para prestar atendimento, mas não chegou a ser necessário.
Somente cerca de 10 minutos depois, a discussão foi retomada. Até o fim do dia, os 21 senadores da comissão votarão o parecer do relator Antonio Anastasia (PSDB-MG), favorável à abertura do processo contra Dilma.