Vinte e cinco anos após a eleição de Fernando Collor de Mello, a ex-primeira dama Rosane Collor (hoje Rosane Malta), afirmou não se arrepender dos rituais realizados a pedido dela e do ex-presidente, que envolviam sacrifício de animais. Rosane disse que a prática de magia negra é normal no meio político: “estávamos em Minas Gerais e o dono do Vox Populi (instituto de pesquisa eleitoral) disse que só uma campanha poderia atrapalhar: a de Silvio Santos, que tinha o mesmo eleitorado. Fizemos os trabalhos e Sílvio realmente deixou de ser candidato”.
Rosane Malta está lançando o livro Tudo o que Vi e Vivi (ed. Leya), onde relata intimidades do casal. “Passamos por experiências, foram fases das nossas vidas, com acertos e erros. Decidi escrever porque tive certeza que as pessoas queriam saber da verdade. Muitos escreveram reportagens, mas nada de acordo com a realidade. Não pensei em vingança ao Fernando (Collor). Creio que o livro vá ajudar muito a história do nosso país”. As afirmações foram dadas ao programa Timeline Gaúcha, na manhã desta quarta-feira (17).
A obra relata também o possível affair entre Fernando Collor e Tereza Collor, esposa de seu irmão Pedro, delator das denúncias que envolviam o presidente. “Tereza sempre dizia que ele tinha dado em cima dela. Eu não acreditava naquilo. Eu quero acreditar que eles não tiveram absolutamente nada”, reitera a ex-primeira dama mais jovem da história brasileira, na época com 26 anos.
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