O Tribunal de Contas do Estado analisa um pedido de inspeção especial solicitado pelo Ministério Público de Contas em função do inquérito da Polícia Federal que indiciou o presidente da Assembleia e outras sete pessoas por formação de quadrilha e crimes eleitorais. O pedido está em estudo pela presidência do Tribunal de Contas, que aguarda parecer da área técnica.
Outro pedido do procurador Geraldo Dacamino foi negado. Ele solicitou uma medida cautelar para que eventuais destituições de Funções Gratificadas de servidores fossem previamente justificadas ao Tribunal. O MP de Contas avalia recurso à decisão do conselheiro Algir Lorenzon.
A defesa de Sossella já teve acesso ao inquérito da Polícia Federal e tenta conciliar uma data para que o deputado preste esclarecimentos à Procuradoria Regional Eleitoral, a quem caberá os próximos passos do processo. A investigação pode resultar em denúncia ao Tribunal Regional Eleitoral para a cassação de votos do parlamentar que foi reeleito em cinco de outubro, na solicitação de novas investigações à Polícia Federal ou ainda o arquivamento do inquérito.
Na última sexta-feira a Rádio Gaúcha apresentou investigação que detalhou como funcionava a pressão exercida pelo gabinete de Sossella para que servidores com cargos e funções gratificadas doassem parte do salário para a campanha do deputado. Ainda revelou como o processo de seleção de estagiários foi alterado para que os novos contratados atuassem como cabos eleitorais de Sossella.