Refletindo melhor, foi brilhante a atitude do ministro Celso de Mello ao dar voto decisivo a favor dos mensaleiros pelos embargos infringentes.
Ele conseguiu jogar para a plateia antes, quando condenou rigorosamente todos os mensaleiros, inclusive José Dirceu, mas também agora jogou para adular o poder, decidindo com seu voto que o julgamento vai para as calendas, não haverá mais justiça.
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Precisa ser mestre para fazer o que Celso de Mello fez: com uma mão agradou aos cidadãos que clamam por justiça, com a outra afagou os poderosos, que só sobrevivem com base na injustiça.
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O ministro Celso de Mello e o Supremo Tribunal Federal nos enganaram muito bem com um excelente jogo duplo. São mestres na cena oblíqua de agradar ao mesmo tempo aos vassalos integrantes da opinião pública e aos senhores do poder que se banham nas águas cálidas da impunidade.
Esse gesto do ministro Celso de Mello e do STF carrega o dom da ventriloquia, agrada à plateia e aos donos do teatro ao mesmo tempo, dá uma martelada no prego e outra na ferradura, magistral prestidigitação!
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Eu, veterano otário, por exemplo, saio realizado e contente com essa pantomima: exultei com a falsa condenação dos poderosos.
E os poderosos, logo em seguida, exultaram com a clemência da procrastinação embromada e inocentatória dos embargos infringentes, no cerne absolutório.
Foram perfeitas a tragédia e a comédia engendradas e encenadas pelo veterano ministro Celso de Mello e pelo STF.
Descansam em paz os mensaleiros principais que não vão para a cadeia. Descansa em paz a opinião pública que imaginou que se fez justiça ao serem condenados interinamente os mensaleiros.
Só não descansa em paz a Justiça como instituição, que fica com a fama de continuar a não fazer justiça.
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Foram quase R$ 180 milhões que foram para os bolsos dos mensaleiros, furtados da bolsa popular e que agora, num passe de mágica, sumiram, não existiram, viraram pó.
Que papel, ministro Celso de Mello!
Um bufão de opereta clássica ou um ator dramático que representa Shakespeare não fariam melhor.
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Que vitória do Grêmio no domingo, Renato Portaluppi está adquirindo sua maturidade como treinador.
Um time que ganha fora é um time capacitado, e a audácia de Renato, escalando três avantes, é responsável pela felicidade gremista deste momento.