Ministério Público e CPI da Procempa irão compartilhar documentos sobre investigação na Companhia

A troca de documentos e a cooperação nas investigações de irregularidades na Procempa foram temas discutidos na reunião entre vereadores da capital e Ministério Público, nesta segunda-feira (23). Em meio à CPI que apura os fatos referentes à Companhia, os parlamentares se comprometeram em enviar o conteúdo de oitivas para a promotora da área de Defesa do Patrimônio Público Martha Weiss Jung. Por outro lado, a promotora afirmou que vai encaminhar à Comissão o material referentes às investigações, que correm em segredo de justiça.

- Nós propomos uma parceria junto com o Ministério Público e vamos compartilhar documentos para que a gente consiga nosso objetivo de investigar o que realmente aconteceu - relata o presidente da CPI da Procempa, vereador Mauro Pinheiro.

Há seis frentes de apuração conduzidas pelo Ministério Público, algumas já enviadas à Justiça. Estão sendo analisados pontos referentes à instalação e controle do Sistema Integrado de Administração Tributária (Siat), do sistema ligado à gestão da saúde Argos, à Associação dos Funcionários da Procempa (AFP), do uso do cartão Green Card, uso de gráficas, e outros fatos (não esclarecidos).

Oitivas

A CPI da Procempa se reúne todas as quartas-feiras. Na próxima reunião, está prevista apenas a apreciação de requerimentos. Na última sessão, foi ouvido o presidente da Companhia, Mauricio Gomes da Cunha. Ele falou sobre a atuação dele desde que assumiu o cargo, em junho, até as providências que estão previstas para os próximos meses. Uma das medidas a ser adotada é a contratação de empresas de auditoria para análise da folha de pagamento, do setor contábil e da instalação de fibra ótica na cidade. Ainda não há previsão de quando a licitação será lançada.

Outras quatro pessoas devem ser ouvidas nos próximos encontros, mas ainda não foram definidas as datas. São elas Gilmar Vivian (dono do restaurante instalado dentro da Procempa com indícios de irregularidades); Ayrton Gomes Fernandes (ex-gerente financeiro); Paulo Majolo (ex-supervisor de contabilidade); e Luis Carlos Pachaly (coordenador da Comissão de Trabalhadores).