Negociações do Piratini com concessionárias de pedágio para uma possível renovação dos contratos geram críticas de aliados e opositores. No final da tarde desta terça-feira, o governo deve pedir nova proposta à Univias, responsável pela maior parte da malha viária concedida no Rio Grande do Sul. O Piratini quer uma redução maior nas tarifas e pretende discutir outros pontos de uma negociação que pode levar à renovação dos contratos.
O coordenador da assessoria superior do governador, João Vitor Domingues, garante que a renovação só ocorrerá na impossibilidade de uma nova licitação.
- A hipótese da prorrogação se sustentaria numa inviabilidade de uma nova licitação. Nós trabalhamaos para a construção de uma licitação que altere este modelo - afirmou.
Caso o governo opte pelo encerramento dos atuais contratos, previsto para 2013, precisará enfrentar batalha jurídica, já que as concessionárias alegam um passivo superior a R$ 1 bilhão.
A câmara temática dos pedágios do Conselho de Desenvolvimento já recomendou ao governador que não proceda a renovação. A medida também não é bem vista por muitos deputados estaduais. O futuro presidente da Assembleia, Alexandre Postal, do PMDB, cobra coerência.
- É o mínimo que eu espero de quem no passado combateu ferozmente as concessões. O mínimo que temos que ter agora é uma nova licitação - disse.
O descontentamento também está entre os parlamentares da base aliada. O deputado Alceu Barbosa, do PDT, critica a negociação que o Piratini vem encaminhando.
- Como é que nós vamos acreditar nessa negociação com as concessionárias, se eles que estavam propondo baixar de R$ 6 para R$ 4,40 agora entram na justiça pra cobrar R$ 6,70?
O secretário estadual de Infraestrutura, Beto Albuquerque, também é contra a prorrogação.
Veja o que está em jogo
Negociação
Aliados e opositores do governo criticam negociações para renovar contratos de pedágio
Caso opte pelo encerramento dos atuais contratos, Estado precisará enfrentar batalha jurídica
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