A movimentação de eleitores em Roca Sales, no Vale do Taquari, é intensa no Colégio Evangélico Alberto Torres, no centro da cidade. Trata-se do maior local de votação do município, com 1.530 eleitores, e um dos endereços atingidos pelas duas mais recentes enchentes da região.
Os candidatos são Bayard Olle Fischer Santos (MDB), 74 anos; Adovandro Luiz Fraporti (PODE), o Dinho, 48; e Jones Wunsch (Progressistas), o Mazinho, 43.
A população vota em 19 locais, onde as 31 seções ficam espalhadas. São 7.712 eleitores aptos a votar. O município tem 10.418 habitantes.
O próximo prefeito terá um grande desafio pela frente, já que Roca Sales foi uma das cidades mais destruídas nas inundações de setembro de 2023 e maio deste ano.
Com a enchente na memória
A agricultora Paula Hepp, 44, diz que levou os efeitos da cheia em consideração na hora da escolha do seu candidato. A reportagem de Zero Hora conversou com a moradora depois que ela deixou o seu local de votação.
— Acho que tem de trabalhar para cuidar da população. A cidade está abandonada — afirma.
O marido e também agricultor Marcelo Jora, 47, precisou sacrificar 22 mil aves depois da cheia de maio. Ainda não conseguiu reabrir o aviário.
— As pessoas que estão nos cargos, seja em qualquer esfera do governo, não atendem as demandas da sociedade. Não têm nada de propostas para a população — avalia.
O técnico em internet João Paulo Huppes, 25, acredita que o prefeito eleito precisará ser transparente sobre os recursos que estão sendo enviados para Roca Sales.
— Que o prefeito seja mais aberto sobre o que é gasto e o que é ganho — comenta.
Por sua vez, o representante comercial Valmor Klepker, 61, diz que não escolheu o candidato em função do que o município passou durante as inundações do Rio Taquari.
— A eleição foi bem tranquila — disse.