Lideranças da Polícia Rodoviária Federal (PRF) afirmaram que ainda existem 267 pontos de bloqueio ativos no país, durante coletiva de imprensa por volta do meio-dia desta terça-feira (1º). A PRF informou que já realizou a desobstrução de 306 locais de manifestação.
— A PRF está empenhada em estabelecer a normalidade o mais rápido possível — informa o diretor-executivo da PRF, Marco Antônio Territo de Barros.
Manifestações ocorrem em protesto à vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais, na qual o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), saiu derrotado.
Em resposta aos questionamentos de jornalistas, a PRF afirmou ter instalado um gabinete de crise ainda no domingo (30), dia do início dos protestos pelo país. Em relação a vídeos que circularam onde policiais foram flagrados apoiando as manifestação, o corregedor-geral da PRF, Wendel Benevides Matos, declarou que medidas administrativas já estão sendo tomadas.
— Nenhuma ordem foi dada no sentido que servidores deixassem de cumprir seu papel. Agentes que foram flagrados apoiando as manifestações serão chamados para prestar esclarecimentos. Casos que apareceram na internet já foram identificados e a PRF instaurou um inquérito interno a respeito destes — ressaltou Matos.
O diretor de inteligência da PRF, Luis Carlos Reischak Júnior, alertou para a dificuldade de logística em situações como esta, por conta do tamanho do Brasil. A PRF declarou ter reforçado o efetivo em 400% e que o protocolo é primeiramente estabelecer o diálogo e depois agir com outras medidas, caso necessário. Prisões e multas que variam de R$ 5 mil a R$ 17 mil foram aplicadas.
— É importante que se diga que estamos em um país com dimensões continentais. Portanto, a complexidade para uma operação como essa traz alguns desafios. Foram realizadas prisões, mas não foi possível compilar os dados ainda — completou Reischak.