Em 2023, um em cada cinco nomes na bancada gaúcha da Câmara dos Deputados será novidade. Das 31 vagas para deputado federal, sete serão ocupadas por pessoas que não atuam na Casa hoje em dia. A renovação é inferior à da eleição de 2018, quando entraram 12 novatos, e à de 2014, ano em que 20 novos políticos ingressaram no Congresso.
O PL, no qual o presidente Jair Bolsonaro é filiado, teve a maior ampliação de presença na Câmara, passando de um para quatro assentos na bancada gaúcha. Ficou de fora Bibo Nunes, atual vice-líder do partido na Câmara. O Republicanos, também de direita, teve ampliação de uma para três vagas, com a entrada de Luciano Zucco e Franciane Bayer. Também foi reeleito Carlos Gomes, que, antes, era do PRB.
Já o União Brasil, que é uma fusão entre o PSL, pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018, e o Democratas, passou pelo efeito inverso: teve redução de quatro para uma cadeira. O único eleito foi Luiz Carlos Busato, que foi deputado federal pelo PTB até 2018, mas, atualmente, não está na bancada gaúcha.
Tradicional no Rio Grande do Sul, o PTB não elegeu nenhum deputado federal. O partido já havia passado de três para duas vagas entre 2014 e 2018. Outro partido tradicional, o MDB terá três assentos, um a menos do que os obtidos na eleição anterior. O mesmo aconteceu com o PP, que caiu de quatro para três cadeiras.
A novidade é a presença do Cidadania, do Podemos e do PCdoB, com um parlamentar eleito, cada. A atual deputada estadual Any Ortiz será a representante do Cidadania na bancada federal. Maurício Marcon, vereador em Caxias do Sul, será o novato do Podemos em Brasília.
O PCdoB será representado por Daiana Santos, hoje vereadora em Porto Alegre, a primeira mulher negra a ocupar um lugar entre os deputados federais gaúchos junto com Denise Pessôa, eleita pelo PT. O Partido dos Trabalhadores ampliou sua participação de cinco para seis parlamentares e terá a maior bancada do Estado em Brasília, com dois novos nomes: Denise Pessôa e Alexandre Lindenmeyer.
O PDT e o PSB gaúchos tiveram redução na participação na Câmara. Enquanto o PDT contava com três nomes e agora terá apenas dois – Pompeo de Mattos e Afonso Motta –, o PSB tinha dois e passará a ter um – Heitor Schuch.
Já o Novo, o PSD e o PSDB não tiveram modificação em suas bancadas. Enquanto o PSDB mantém suas duas vagas, os outros dois seguem com apenas uma.