No debate entre candidatos ao Palácio do Planalto realizado nesta quinta-feira (29) pela TV Globo, Padre Kelmon (PTB) repetiu a dobradinha com o presidente Jair Bolsonaro (PL), feita no debate anterior, com críticas ao PT e elogios à atuação do governo.
— A política do PT que governou este país por 13, 14 anos, nós não podemos nos enganar, porque é mais do mesmo — disse o candidato do PTB.
— É uma esquerda que já contaminou toda América Latina. Nós sabemos o que a esquerda quer. Sabemos que a esquerda quer calar a voz dos padres, a voz das igrejas — emendou, ao reproduzir postagens de bolsonaristas em redes sociais de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) perseguiria padres e fecharia igrejas, se eleito.
Ao iniciar sua pergunta a Bolsonaro, Padre Kelmon afirmou que o governo enfrentou a pandemia com 500 milhões de doses de vacinas e deu R$ 600 de auxílio emergencial durante a crise sanitária.
— Prezado padre, vamos manter, sim, com responsabilidade fiscal — respondeu Bolsonaro ao ser questionado se manteria no ano que vem o valor atual do Auxílio Brasil.
Ao debater com Padre Kelmon, a candidata do União Brasil, Soraya Thronicke, afirmou que o concorrente do PTB age como "cabo eleitoral" de Bolsonaro. Soraya afirmou também que Bolsonaro está "colocando Lula na liderança" da corrida eleitoral com sua postura e perguntou se Padre Kelmon, ao defender o posicionamento do governo na pandemia, não tem "medo de ir para o inferno".
— Vocês só falam de covid, só se morre por covid neste país?", rebateu o candidato do PTB.
Ao iniciar a pergunta, Soraya chegou a confundir o nome de Padre Kelmon e o chamou de "Kelson" e "Kelvin". Na sequência, a candidata do União Brasil decidiu chamá-lo de "candidato padre".