O resultado das urnas no último domingo (7), que levou os candidatos Eduardo Leite (PSDB) e José Ivo Sartori (MDB) para o segundo turno na corrida ao governo do Estado, é entendida pelo atual governador como "uma escolha entre duas candidaturas que estavam defendendo o mesmo projeto". Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade na manhã desta segunda-feira (8), Sartori afirmou que o resultado confirma que o atual governo está "no rumo certo":
— (O resultado) significa também duas candidaturas que na verdade não foram oposição ao projeto que iniciamos em 2015. É uma identidade que foi construída entre todos e o PSDB teve sua participação até o começo deste ano. Mais precisamente no momento em que deixaram para a própria candidatura do Eduardo (Leite). Por isso acredito que estamos no rumo certo. A população escolheu entre duas candidaturas que estavam defendendo o mesmo projeto no início de nosso governo.
Questionado sobre como irá se posicionar em relação ao cenário nacional, que levou os candidatos Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) ao segundo turno, Sartori disse que depende de uma decisão do partido.
— Cairoli (vice-governador) já disse que a posição dele já é clara, de que vai na direção de Bolsonaro. Quanto a mim, solicitei e já tive reunião prévia com o partido. Não dá para precipitar os acontecimentos, é preciso ter cautela. O partido vai se reunir e vou acompanhar a decisão do partido. Também solicitei à coligação, como os nove partidos, para sentar, conversar e elaborar uma posição. Acredito que entre hoje e amanhã essa posição se tornará pública.
A estratégia de buscar alianças para angariar votos no segundo turno também ainda não está definida pelo partido. De acordo com Sartori, é preciso primeiro esperar "baixar um pouco a poeira" e respeitar os que concorreram e não chegaram ao segundo turno. Questionado sobre a nova composição da Assembleia Legislativa, em que sua coligação elegeu um número menor de deputados do que a de Eduardo Leite, o atual governador se limitou a dizer que isso só se definirá no próximo ano:
— Composição só vai existir a partir de 31 de janeiro de 2019. A constituição e o que saiu da urna só saberemos lá, e só lá vamos saber de que lado estarão as forças, mas acredito que formalmente haverá uma agregação maior para dar sustentabilidade, porque nós temos que continuar fazendo o que precisa ser feito na estrutura do estado do Rio Grande do Sul — concluiu.