O candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, votou por volta de 9h na Escola Municipal Rosa da Fonseca, na Vila Militar, ao lado dos filhos Carlos e Flávio Bolsonaro, que é candidato ao Senado.
Acompanhado de forte aparato de segurança, Bolsonaro, que recebeu alta do Hospital Albert Einstein em 29 de setembro após recuperação de um atentando sofrido no início de setembro, agradeceu ao apoio da sociedade e se mostrou otimista sobre o resultado, acreditando em uma vitória no primeiro turno:
— Temos muita esperança. Trabalhamos muito para isso.
O candidato disse ainda que desbancou “grandes figurões” que, mesmo fazendo alianças, não evoluíram nas pesquisas. Também prometeu que, caso seja eleito, não fará “negociação partidária”.
— Vou acompanhar de casa — disse o candidato sobre a apuração dos votos e afirmando estar "60% curado", fazendo referência à recuperação da saúde.
Além de andarem vigiados por escolta de agentes da Polícia Federal, Bolsonaro e os filhos estavam utilizando colete à prova de balas. Do lado de fora, apoiadores gritavam palavras de ordem a favor do candidato.
Na votação, ele estava junto de um enfermeiro, ao qual se referiu como seu “anjo da guarda”. O candidato disse que, caso haja segundo turno, pretende viajar pelo país e participar de debates.
— Pretendo, sim (viajar pelo país e participar de debates). Se houver segundo turno, né? — comentou.
Por recomendações médicas, Bolsonaro passou os últimos dias em casa, de repouso. Ele tem recebido políticos e apoiadores de campanha. Questionado sobre a articulação com o Congresso, caso seja eleito, o candidato garantiu que tem o apoio de 350 dos 513 deputados.
— No varejo, temos aproximadamente 350 parlamentares que querem estar conosco. Grande parte são deputados honestos, que não querem conversar com (juiz Sergio) Moro em Curitiba — afirmou.
Bolsonaro também destacou que sua campanha não envolveu grandes partidos e utilizou baixo orçamento. O candidato lembrou que sua campanha foi potencializada pelo uso das redes sociais. Para ele, isso garantiu “independência” aos eleitores.
— O povo, além de parte da mídia independente e as mídias sociais, faz com que cada eleitor decida de acordo com o seu entendimento, sem entrar em fake news — avaliou.
Depois de votar, Bolsonaro retornou para sua residência, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, de onde deve acompanhar a apuração.