Após o atentado ao presidenciável Jair Bolsonaro na última quinta-feira (6), durante campanha em Juiz de Fora (MG), a segurança dos candidatos foi colocada em debate. De acordo com Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, a integridade física dos candidatos é de responsabilidade da Polícia Federal (PF), mas é uma questão complicada.
— É muito difícil garantir integralmente a segurança de um candidato durante a campanha porque é impossível impedir um político do corpo a corpo. Isso é a essência da campanha — afirmou em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade.
Etchegoyen definiu como “segurança da democracia” o que precisa ser tratado atualmente, inclusive pelos candidatos. Para ele, além de locais de campanha, o que deve ser avaliado na campanha é a próprio discurso dos concorrentes, que podem aumentar o risco de violência:
— Há discursos irresponsáveis de “vai ter sangue, vai ter morte, fogo”. O problema é muito mais sério se analisarmos nessa perspectiva — diz o ministro. — Eu acho que todos temos que olhar se a campanha e o nível de retórica não estão sugerindo violência. O papel daquele que se propõe a ser líder é construir ambiente de pacificação — conclui.
Ouça a entrevista: