Premidos entre a crise financeira do Estado e a demanda da população por mais segurança, os candidatos a governador prometem prioridade à área, mas evitam se comprometer com projeções que possam ser cobradas no futuro.
GaúchaZH fez três perguntas sobre o tema a sete concorrentes ao Palácio do Piratini. A reportagem tentou contato com Paulo Medeiros (PCO), mas não obteve retorno.
Confira as respostas de José Ivo Sartori (MDB)
1) Em meio à crise econômica, o que o senhor fará para reduzir o déficit de milhares de servidores na Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP? Quantos pretende chamar no seu governo para cada uma das corporações e como pagá-los?
Promovemos recomposição dos quadros da segurança pública com 4.290 novos servidores e abrimos o maior concurso para a área das últimas décadas, com mais 6,1 mil vagas para a Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar, que serão convocados gradativamente. Os primeiros 2 mil serão chamados nos próximos dias (a convocação aconteceu na quarta-feira, 19). O orçamento da área vem sendo ampliado. A segurança recebeu aumento real no orçamento do Estado de 19%, em 2017, e de 16%, em 2018. Para 2019, propomos um orçamento de R$ 10,9 bilhões para a segurança levando em conta os reajustes concedidos e os novos contingentes. Portanto, vamos chamar os concursados conforme a capacidade financeira permita.
2) Em quanto tempo o senhor conseguirá reduzir o déficit de 12 mil vagas em prisões do Estado? Quantas casas prisionais serão construídas na sua gestão?
Passamos de 1.170 para 3 mil vagas no monitoramento eletrônico (tornozeleira e semiaberto). Abrimos o Complexo de Canoas (2.805 vagas), construímos três centros de triagem (280 vagas), ampliamos pelo menos seis unidades prisionais (aproximadamente 150 vagas) e, com isso, contamos com mais de 3 mil vagas abertas. Por meio de Programa de Permuta de Imóveis do Estado, estamos construindo dois novos presídios. O de Porto Alegre, com 416 vagas, e o de Bento Gonçalves, com 420 vagas. Devemos atingir o número de 4 mil vagas abertas até o final de 2018 e vamos avançar com a ampliação das permutas de imóveis.
3) Outros locais do Brasil adotam a política de premiar policiais por resultados, como número de prisões e apreensões de armas e drogas. O senhor é favorável, pretende instituir ação semelhante? Há uma alternativa?
O servidor da segurança deve ser valorizado. Por isso, pagamos os reajustes de mais de 42% dos servidores e concedemos mais de 5 mil promoções. Resultados em segurança não se medem de forma individual.Medem-se pela redução de indicadores de criminalidade. É neste sentido que estamos implantando, de forma gradativa, quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs): em Porto Alegre, no Vale do Caí, no Litoral e no Noroeste. Estamos estabelecendo metas para as AISPs, e as que mais reduzirem os indicadores criminais serão premiadas.