Premidos entre a crise financeira do Estado e a demanda da população por mais segurança, os candidatos a governador prometem prioridade à área, mas evitam se comprometer com projeções que possam ser cobradas no futuro.
GaúchaZH fez três perguntas sobre o tema a sete concorrentes ao Palácio do Piratini. A reportagem tentou contato com Paulo Medeiros (PCO), mas não obteve retorno.
Confira as respostas de Eduardo Leite (PSDB)
1) Em meio à crise econômica, o que o senhor fará para reduzir o déficit de milhares de servidores na Brigada Militar, Polícia Civil, Susepe e IGP? Quantos pretende chamar no seu governo para cada uma das corporações e como pagá-los?
O Rio Grande do Sul precisa combater a crise fiscal, diante do evidente desequilíbrio entre receitas e despesas. Mostra-se imprescindível a implementação de Plano de Desenvolvimento para o Estado, com uma agenda de competitividade. A recuperação fiscal – que precisa de ajustes – é apenas parte da estratégia. As conquistas decorrentes do esforço fiscal serão destinadas, prioritariamente, para a segurança pública. Iremos aperfeiçoar o processo seletivo e de formação dos servidores. Vamos racionalizar os prazos e dimensionar os recursos envolvidos, além de implementar estratégias que permitam a constante recomposição dos efetivos. Isso será anual e não apenas no final do mandato do governo, sucateando a segurança pública e fazendo grandes (numerosas) incorporações no último ano de governo.
2) Em quanto tempo o senhor conseguirá reduzir o déficit de 12 mil vagas em prisões do Estado? Quantas casas prisionais serão construídas na sua gestão?
Nos comprometemos em empreender esforços para a redução significativa do déficit de vagas do Sistema Prisional (Diretriz da Reinserção Social), construindo, em todo o Estado, estabelecimentos modernos e adequados com capacidade máxima de 400 vagas. Esta estratégia será implementada por meio da alocação de recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Fundep), além de construir estabelecimentos prisionais na modelagem de parcerias público-privadas, ficando a gestão com o setor privado e a segurança com o Estado (Superintendência dos Serviços Penitenciários).
3) Outros locais do Brasil adotam a política de premiar policiais por resultados, como número de prisões e apreensões de armas e drogas. O senhor é favorável, pretende instituir ação semelhante? Há uma alternativa?
Uma das diretrizes do nosso Plano de Governo é a valorização profissional dos servidores da segurança pública, inclusive buscando meios de implementação da meritocracia, de modo mais amplo do que simplesmente instituir premiações pelo número de prisões e apreensões. A valorização profissional será reconhecida por meio da redução dos indicadores de criminalidade.