O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, levou um tombo ao visitar, nesta segunda-feira (17) a creche Alecrim, na Cidade Estrutural, nos arredores de Brasília. Com uma criança no colo, Alckmin perdeu o equilíbrio ao entrar na brinquedoteca da creche, quando outras crianças se enroscaram em suas pernas. Ele tropeçou e foi ao chão de joelhos. Ninguém se machucou.
O tombo de Alckmin, registrado por fotógrafos, ocorre no momento de crise na campanha tucana. Nesta terça-feira, por exemplo, dirigentes do Centrão — bloco formado por DEM, PP, PR, PRB e Solidariedade — se reúnem com o ex-governador de São Paulo para cobrar mudanças na propaganda eleitoral.
— É um grande risco para o Brasil ficar no segundo turno com PT e Bolsonaro. Temos de evitar que isso ocorra. O Brasil vive uma situação muito difícil, muito grave e precisamos ter grande empenho para poder tirar o país dessa crise e avançar —, disse Alckmin nesta segunda, em uma referência ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas.
Divulgada nesta segunda-feira (17), a pesquisa do instituto MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto. O candidato do PT, Fernando Haddad, aparece em segundo lugar, com 17,6% das preferências. Ciro Gomes (PDT) vem em terceiro, com 10,8%. Por esse levantamento, Alckmin está na quarta posição, com 6,1%, tecnicamente empatado com Marina Silva (Rede), com 4,1%.
A tensão no comitê tucano aumentou desde a semana passada, quando sondagens eleitorais indicaram que Alckmin não está conseguindo reagir.
Na creche comunitária, mantida por doações, o tucano disse que quer ser "o presidente da primeira infância" e procurou minimizar o desempenho aquém das expectativas, após pouco mais de duas semanas de propaganda na TV.
— Eleição é só no dia 7 de outubro. Vamos ter muita oscilação até lá e acho que vamos chegar ao segundo turno. Intenção de voto é por ondas, como nas eleições anteriores. As grandes ondas vão ser bem próximas do processo eleitoral. Acho que lá na frente caminharemos para a racionalidade — afirmou o candidato do PSDB, insistindo no discurso de que o voto em Bolsonaro é um "passaporte" para o retorno do PT ao poder.