Mais um caxiense foi localizado na lista dos detidos em Brasília, após invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e da sede do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília. Cláudio Servelin, 51 anos, é morador de Caxias do Sul e está preso preventivamente. Ele possui uma empresa de construção civil na cidade e, nas redes sociais, compartilha conteúdos pró-Bolsonaro e informações falsas sobre as eleições.
Da Serra Gaúcha, são pelo menos três pessoas que estão presas preventivamente, todas de Caxias: Telmo José Reginatto, Armando Valentin Settin Lopes de Andrade (que é natural de Caxias, mas mora no DF há cerca de 20 anos) e agora Cláudio Servelin. Inicialmente presos em flagrante, tiveram a prisão convertida em preventiva nesta quinta-feira (19), após decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que decretou a conversão da detenção deles e outros 737 envolvidos, além de determinar liberdade provisória para 335 pessoas.
Até o momento, são 1.398 pessoas presas em penitenciárias na capital nacional. Além deles, são pelo menos 52 outros investigados e sete empresas que tiveram R$ 6,5 milhões em bens bloqueados e estão na mira da Justiça. Em entrevista ao canal Globo News na quarta-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que "todos que participaram do ato golpista serão punidos, não importa a patente".
Perfil
O caxiense Claudio Servelin está preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Estudou arquitetura na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e possui uma empresa de construção civil, Detalhe Empreendimentos Imobiliarios Ltda, com sede também em Caxias. Nas redes sociais, Servelin já compartilhou conteúdo pró-Bolsonaro, contra o atual presidente Lula e informações falsas sobre as eleições. Neste último caso, existem postagens questionando a credibilidade das urnas eletrônicas. Sua última publicação no Facebook foi no dia 1º de janeiro: uma imagem com os dizeres "Fora Lula!".
A reportagem foi até o endereço da empresa, mas encontrou as portas trancadas com uma corrente. Uma vizinha informou que a sede costuma estar fechada e que os donos "vêm pouco", sem horário definido. Ela disse manter uma boa relação com a sócia de Servelin, mas não soube informar um contato. A reportagem tenta ouvir ou localizar a defesa de Servelin.