O presidente eleito Jair Bolsonaro admitiu, na quarta-feira, que o número de pastas de seu governo poderá chegar a 18, com a possibilidade de manter o status de ministério da Controladoria-Geral da União (CGU). Inicialmente, o capitão reformado estudava a junção da pasta à Justiça, que será assumida pelo juiz Sergio Moro.
– Mas não é pela governabilidade, é para que a gente possa apresentar realmente resultado. Talvez tenhamos que manter a Controladoria com status de ministério – afirmou Bolsonaro.
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Trata-se de novo recuo do presidente eleito sobre a composição do governo. Antes do período eleitoral começar, ele prometeu reduzir a estrutura atual da Esplanada, de 29 ministérios, à quase metade, 15. Ainda durante a campanha, ele admitiu subir o número de pastas para 16, depois do segundo turno, para 17 e, agora, já reconhece que pode contar com 18.
– Pode aumentar. O que nós temos que ter são esses órgãos todos funcionando, sem interferência política – afirmou.
Bolsonaro informou ainda que o Ministério do Trabalho será extinto, e que suas atribuições serão incorporadas a outra pasta, sem entrar em detalhes. A declaração foi dada após almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ), oferecido pelo presidente do tribunal e do qual também participou o juiz Sergio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública.
– O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério – disse Bolsonaro.
Agricultura terá ministra
Dois nomes foram anunciados para ministérios. O vice-presidente eleito, general da reserva Hamilton Mourão, confirmou que o general da reserva Augusto Heleno será nomeado ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele chegou a ser confirmado para a Defesa.
A deputada Tereza Cristina (DEM-MS) vai assumir a pasta da Agricultura. O nome foi sugerido pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), da qual ela é presidente.
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