Os esclarecimentos prestados ao Legislativo, nesta segunda-feira, pelo diretor-presidente do Samae, Giovani Zappas, sobre não renovação de um contrato com a Codeca – o que acabou resultando na demissão de 36 funcionários, depois suspensas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-4) – não convenceram. Zappas disse que a Codeca foi notificada a respeito da não renovação contratual pelo ofício 617/2018, recebido pela companhia em 7 de junho de 2018.
Ele informou que houve pesquisa de preços e outras empresas apresentaram valores menores, não havendo justificativa legal para a prorrogação.
– Foram exaustivas negociações (com a Codeca). Ela (Amarilda Bortolotto, presidente da Codeca) não mentiu. Negociamos até onde deu, tecnicamente – garantiu.
O vereador Adiló Didomenico (PTB) afirmou que Zappas saiu do foco.
— Ficou claro que quando a diretora-presidente da Codeca, Amarilda Bortolotto, foi à Câmara (em 27 de junho), ela já tinha sido notificada em 7 de junho da extinção do contrato.
E definiu a apresentação do diretor-presidente:
— Foi sofrível, lamentável.
Para o petebista, ou não levam a sério as perguntas dos vereadores ou não conhecem as autarquias.
Sobre o questionamento de Rafael Bueno (PDT) e Paulo Périco (MDB) de que a terceirizada Norte Brasil estaria respondendo ao Ministério Público do Trabalho (MPT) por questões ligadas aos trabalhadores, Zappas disse que preocupa estar negociando com uma empresa que possa representar um risco para o Samae, mas afirmou que hoje a empresa tem uma documentação idônea.
Adiló disse que não está descartada auditoria do MPT na Codeca e no Samae.