O vazamento de uma gravação entre o dono da JBS, Joesley Batista, e o presidente Michel Temer, em que ele é inteirado do pagamento de propina ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha para obter seu silêncio e de tentativas de barrar investigações da Justiça provocou um verdadeiro terremoto em Brasília.
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Para o ex-governador Germano Rigotto (PMDB), do mesmo partido de Michel Temer, "a situação dele ficou muito difícil". Embora estivesse alcançando bons resultados na economia, Temer já tinha dificuldade de governar pela pouca aceitação junto à população. Com as denúncias, o cenário fica mais crítico, conforme Rigotto, porque na delação da JBS, além do depoimento do delator, há imagens, áudios e vídeos:
– A vantagem que tinha é que na área econômica estava tendo resultados positivos, reformas estavam avançando no Congresso, e isso estava dando um oxigênio para o governo. Mas ele continuava com uma popularidade muito baixa.
Em caso de renúncia ou impeachment de Temer, Rigotto defende que o melhor é a realização de eleições indiretas, como prevê a Constituição.
– Para uma eleição direta, hoje, que nome tu teria que poderia significar a possibilidade de dar um rumo para o país? Tu perde a oportunidade de, numa eleição direta, ter a construção de candidaturas, mas de candidaturas com base, estrutura e condições de enfrentar esse quadro que estamos vivendo. Encontrar alguém que faça a transição até 2018 preparando para a escolha de um presidente, acho até mais fácil do que tu apressar uma eleição direta e tu não ter alternativa – entende.