O prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) anunciou na manhã desta sexta-feira a equipe que vai compor a comissão para a transição de governo. Em entrevista coletiva, o pedetista confirmou que a primeira reunião acontecerá na próxima segunda-feira, às 7h30min, no gabinete, atendendo a um pedido do prefeito eleito, Daniel Guerra (PRB). Ele aproveitou o momento para parabenizar o republicano.
– O prefeito Daniel teve uma vitória brilhante. Uma estupenda vitória, vitória maiúscula e não se pode pôr qualquer dúvida desse resultado eleitoral. Por isso, quero cumprimentar ele e toda a sua equipe por essa incontestável vitória.
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Segundo Alceu, a transição acontecerá de maneira transparente, aberta e tranquila, e a transmissão de posse ocorrerá conforme o protocolo oficial.
– Será uma transição republicana – garantiu o prefeito.
O pedetista antecipou que não vai atender às solicitações de Guerra de liberar as conversões à direita, liberar o segundo corredor do transporte coletivo, cortar os cargos em comissão e abrir a UPA da Zona Norte ainda este ano. Apesar de negar o pedido de Guerra, Alceu sentiu-se à vontade para fazer um "apelo" ao novo prefeito para não liberar o corredor de ônibus e a conversão à direita. Alceu afirmou ainda que pretende dar um "palpite" para Guerra sobre a manutenção do congelamento de salários do prefeito, vice, secretários e CCs.
– Daniel, não te preocupa se tu prometeu. Quando a gente está na beira do precipício o passo mais importante a gente dá para trás.
Alceu afirma que a derrota de seu sucessor ocorreu devido a um sentimento de mudança, a exemplo do que aconteceu em São Paulo e Porto Alegre, com as vitórias de João Doria e Nelson Marchezan Júnior, ambos do PSDB. O prefeito apresentou uma pesquisa que mostra que sua administração tem uma aprovação de 87,2% e o índice de aprovação do prefeito foi de 83,6%.
– Não foi um julgamento político do governo Alceu Barbosa Velho. Foi uma expectativa de mudança. São ciclos que acontecem e a gente tem que ver com naturalidade.
Alceu divide com todos a parcela de responsabilidade na derrota.
– É a mesma do Néspolo, do Toninho, do Paulo Dahmer (atual chefe de Gabinete). Não existem culpados e inocentes. Existe um grupo que ganhou e um que perdeu.