Com a proibição das doações de empresas para as campanhas eleitorais, os pleitos municipais deste ano têm uma nova realidade financeira. A reforma eleitoral do ano passado admite que os recursos para as despesas de campanha sejam dos próprios candidatos, de doações de outros partidos e outros candidatos, de promoção de eventos de arrecadação e de comercialização de bens. Também são aceitas doações do Fundo Partidário. A doação de pessoa física é permitida, desde que limitada a 10% do rendimento bruto do doador no ano anterior à eleição e conforme declarado no Imposto de Renda.
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Em Caxias do Sul, a campanha do candidato do PDT, Edson Néspolo, é a que mais arrecadou – foram R$ 475,1 mil. Em segundo, aparece a candidatura de Daniel Guerra com R$ 148.150, seguido pelo candidato do PT, Pepe Vargas, que arrecadou R$ 148.050. Assis Melo (PCdoB) recebeu R$ 28 mil em doações. Francisco Corrêa (PSOL) arrecadou uma quantia irrisória para campanha eleitoral – R$ 205. Já o candidato Vitor Hugo Gomes (Rede) não havia declarado doação até o final o final da tarde de ontem.
O fim do financiamento privado e o limite de gastos das campanhas tenta dar igualdade entre os candidatos. Por outro lado, tem constrangido as pessoas, e a tendência é que os gastos sejam mais modestos. A prova disso é que apenas Edson Néspolo (PDT) e Pepe Vargas (PT) receberam grandes valores de pessoas físicas.
O pedetista recebeu R$ 60 mil da direção nacional do partido e colocou R$ 17,2 mil do próprio bolso. O restante – 83,7% do total arrecadado até o momento é de doação de pessoas físicas. A campanha do petista recebeu R$ 50 mil da direção estadual e R$ 23 mil do próprio Pepe. As contribuições de pessoas físicas representam 50,6% do total arrecadado.
A campanha de Assis recebeu R$ 28 mil, sendo R$ 25 mil de pessoas físicas. O candidato a prefeito doou R$ 2 mil e seu vice, Paulo Freitas R$ 1 mil. Francisco recebeu uma doação de R$ 75 e ele mesmo contribuiu com R$ 130.
O único candidato que não recebeu contribuições de pessoas físicas foi Daniel Guerra. Ele já não recebia doações de empresas mesmo antes de a legislação proibir. Na prestação de contas do candidato do PRB, aparece doação do próprio candidato e do vice, Ricardo Fabris, respectivamente, nos valores de R$ 22 mil e R$ 10 mil. Guerra chegou a cogitar não receber dinheiro do próprio partido, mas mudou de ideia. Na prestação de contas, há duas doações: uma de R$ 110 mil da direção nacional e outra de R$ 6,1 mil da direção estadual.
Todas as informações são do site do TSE, atualizada até a metade da tarde de ontem. Confira no quadro a relação das pessoas físicas principais doadoras.
O QUE DIZEM
Eleições 2016
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O Pioneiro listou as 10 maiores contribuições de pessoas físicas das candidaturas a prefeito de Caxias do Sul
André Tajes
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