Rachado e atrapalhado. Assim está o PMDB caxiense, que na noite desta segunda-feira decidiu tirar o poder que o diretório municipal teria na reunião para decidir sobre candidatura própria. Vai ter que ter pré-convenção.
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O encaminhamento, defendido pela necessidade de amparo legal à convocação do diretório, chama atenção. Afinal, o diretório havia dado poderes para a Executiva, presidida por Ari Dallegrave, para negociar com os partidos. A partir daí, o desfecho dos encaminhamentos seria prerrogativa do diretório.
Ocorre que a maioria, tanto na Executiva quanto no diretório, é favorável à indicação do vice de Edson Néspolo (PDT). Por isso a reação em busca de uma possível reversão. A disputa confirma a falta de sintonia.
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De qualquer forma, a participação dos filiados prevista para a pré-convenção é saudável. É o exercício da democracia. Para os defensores da candidatura própria e contrários ao partido continuar sendo alicerce do PDT, a manifestação dos filiados lhes favorece. Mesmo que eles até nem votem. Naturalmente, a presença e manifestações dos filiados funciona como pressão.
Os dois postulantes à candidatura de prefeito, o deputado federal Mauro Pereira e o vice-prefeito Antonio Feldmann, porém, defendem que todos os membros do partido tenham direito a voto. Não é o que prevê o jurídico do partido. Provavelmente, vem nova divergência por aí.
A decisão tirada nesta segunda é uma derrota preliminar ao prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), que sempre disse confiar na manutenção da dobradinha PDT/PMDB. E deixa os partidos da coligação em banho-maria, com a indefinição do que pretende o partido do governador José Ivo Sartori. Até porque, nem consenso entre o nome de um possível candidato existe.
Vale lembrar que em 2012, foi o diretório que decidiu por 37 votos a oito ser vice. Uma coisa é certa: o PMDB permanece com destaque, centralizando as atenções político-eleitorais. Mas já é tempo de decidir o que quer.
Aliás, como será que os partidos da base governista veem todo esse imbróglio?
Mirante
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Rosilene Pozza
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