A nota divulgada pelo Instituto Lula na manhã desta sexta-feira, descrevendo a condução coercitiva de Lula na 24ª Operação Lava Jato como "agressão ao estado de direito" é citada pelo deputado federal caxiense e ex-ministro de Dilma, Gilberto Pepe Vargas. Ao classificar a condução de Lula pela Polícia Federal como "constrangedora", Pepe acredita que trata-se de um atentado à pré-candidatura do ex-presidente para 2018.
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- Estão querendo constranger o Lula, sabem que é o candidato de 2018 e que até a imagem dele ser recuperada leva tempo. Ninguém está acima da lei, mas Lula já havia prestado depoimento, já teve sigilo fiscal quebrado - afirma Pepe.
O deputado federal também critica o vazamento da delação premiada do ex-líder do governo Delcídio do Amaral, por não ter sido homologada. Ele defende ainda que a operação deixa imune políticos como Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves (PSDB), afirmando que é uma investigação "que só averigua um dos lados".
- É uma espetacularização desnecessária, algo grave, constrangedor. Como assim vaza uma delação que não está homologada? Quem vazou? Como vazou? Há provas que confirmem o que está descrito lá? Se há provas, nos mostrem as provas! - afirma.
A vinda de Dilma para Caxias do Sul na segunda-feira é confirmada pela presidência. No entanto, Pepe não sustenta tanta certeza:
- Não sei mais se virá. Está na pré-agenda dela, mas acredito que ela precise se debruçar sobre esta situação, dedicação total. Acho que não - resume o deputado federal.
O PT de Caxias do Sul marcou reunião para 12h no diretório do Pepe Vargas, para definir se fará alguma ação na cidade para mostrar contrariedade aos acontecimentos desta sexta.
Lava Jato
"Se há provas, que nos mostrem", diz Pepe Vargas sobre investigação de Lula
Deputado federal e ex-ministro diz que condução coercitiva é "constrangedora"
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