Os vereadores caxienses aprovaram por 17 votos a 4, na sessão da Câmara desta quarta-feira, os dois projetos que preveem repasse inflacionário de 5,26%, nos salários do prefeito, vice e secretários de Caxias. A oposição se mostrou contrária aos projetos, sob a alegação de que o repasse contrapõe o decreto do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT), sancionado em dezembro de 2014.
O decreto 17.277 determina contenção de despesas na administração municipal e proíbe a atualização de subsídios de agentes políticos do executivo, eletivos e administrativos. A reportagem da Gaúcha Serra procurou o prefeito na manhã desta quinta-feira para saber qual a posição dele sobre o assunto. Contudo, a assessoria de imprensa da prefeitura afirmou que o chefe do executivo caxiense só irá se manifestar sobre o assunto quando os projetos chegarem à prefeitura.
As propostas passam, nesta quinta, por parecer de redação final, ou seja, ainda há tramites burocráticos na Câmara até que sejam encaminhadas ao executivo caxiense para sanção ou não do prefeito.
Se o percentual for sancionado pelo prefeito, a remuneração do chefe do Executivo caxiense passará dos atuais R$ 21.529,01 para R$ 22.661,43. No caso do vice-prefeito, o valor aumentará de R$ 15.078,52 para R$ 15.871,65. Quanto aos secretários municipais, a quantia será elevada de R$ 13.466,88 para R$ 14.175,23.
Na sessão da terça, os vereadores debateram as propostas por quase duas horas. Na ocasião, a líder da bancada do PT, vereadora Denise Pêssoa, rasgou o decreto, em plenário, e ressaltou que a medida foi usada para que o prefeito fizesse discursos demagógicos.
Já o líder do Governo na Casa, vereador Pedro Incerti (PDT) afirmou que é atribuição legal da Câmara encaminhar os projetos e que se o prefeito irá sancionar ou não o repasse é outro assunto.