Circula em Caxias do Sul, há cerca de um mês, um abaixo-assinado para criar regras para contratação de cargos em comissão no Executivo e no Legislativo municipal. O projeto de lei de iniciativa popular prevê que pelo menos 60% dos CCs sejam do quadro efetivo de servidores públicos. Os demais podem ser contratados livremente. Se tiverem filiação partidária, que seja do partido do prefeito ou do vice.
A proposta ainda estipula a perda de mandato para vereadores que optarem por assumir secretarias ou outros cargos públicos. Além disso, o projeto veda, por quatro anos, contratos entre a prefeitura e pessoa jurídica que tenha efetuado doação para partido ou campanha eleitoral de candidato.
À frente do movimento intitulado Moralismo Já estão os estudantes universitários Cibele Bumbel Baginski e João Manganeli. Segundo Cibele, a expectativa é justamente moralizar a política na prefeitura e na Câmara.
- A intenção é melhorar o funcionamento político do nosso município e talvez poder dar exemplo para outros lugares do país, além de prever uma forma diferente de administrar os gastos do gabinete, das secretarias e dos vereadores - explica.
Conforme Cibele, o projeto já tem cerca de 700 adesões. A proposta precisa ser subscrita por 5% do número de eleitores de Caxias, o que equivale a aproximadamente 16 mil pessoas.
Cibele e Manganeli são os responsáveis pelo movimento de refundação da Arena, em 2012. Em 2013, eles ingressaram na comissão provisória do Partido Trabalhista Nacional (PTN) de Caxias do Sul, mas ficaram pouco mais de um mês no partido. Em 2014, a dupla deixou a Arena e atualmente estão sem filiação partidária.