O governador eleito José Ivo Sartori (PMDB) esteve neste sábado em Nova Pádua, município que lhe conferiu o maior percentual de votos válidos na eleição do segundo turno (91,57%). Ao lado da deputada estadual e futura primeira-dama do Estado, Maria Helena Sartori, ele agradeceu o resultado, citando outros municípios da região dos vinhedos pelo significativo resultado conferido.
No encontro com lideranças partidárias realizado no Restaurante Belvedere Sonda, Sartori analisou aspectos da campanha e, ao falar sobre como irá atuar no governo, disse que pretende fazer uma grande parceria com os municípios para que trabalhem juntos, "até para repartir as dificuldades".
De olho nas eleições municipais de 2016, cujo objetivo da coordenadoria é dobrar o número de prefeituras (hoje, de 16, o PMDB da região conta com Flores da Cunha, Nova Pádua, Garibaldi e Boa Vista do Sul), o governador eleito disse que não é anti-PT e sua postura não é a de impedir alianças.
- Quando se atravessa de um município para outro, é tudo diferente - avaliou, referindo-se às questões locais que envolvem os acordos partidários.
Sobre o PMDB ter candidato a prefeito em Caxias, mesmo sendo a maior liderança gaúcha do partido, Sartori optou pela tradicional resposta de que essa é uma decisão do diretório e garantiu que sua opinião tem o mesmo peso que qualquer filiado.
Ao falar da renegociação da dívida dos Estados, avaliou que por volta dos anos 2027, 2028 deverá sobrar recursos, mas salientou que o comprometimento da receita continuará sendo de 13%. E destacou a necessidade de o governo federal ter que fazer um ajuste fiscal no país.
- Não tenham a ilusão que isso (renegociação da dívida) vai representar folga - acrescentou.
Conforme Sartori, a dívida do RS com a União, nas condições atuais, é impagável. O valor é de R$ 45,2 bilhões e com a renegociação haverá redução de R$ 14,8 bilhões.
- Evidentemente que esse começo de renegociação é importante, mesmo que só autorizativo, e vai abrir espaço para outras negociações e outras formas para um alívio melhor e que se possa guardar mais recursos para fazer investimentos. No mínimo, abre possibilidade para novos financiamentos, sejam eles nacionais ou internacionais - emendou, depois, em entrevista coletiva.
Sartori não quis falar de cortes que deverá fazer quando assumir o comando do Estado, da mesma forma que não fala sobre possíveis nomes que irão integrar seu secretariado.
- Nada é antecipado, as coisas vão acontecer na sua hora e no seu devido lugar.
O governador eleito não permaneceu para o almoço. De Nova Pádua, seguiu para Nova Roma do Sul para participar de um encontro com amigos ex-seminaristas.
Futuro governo
Em Nova Pádua, Sartori agradece votação e diz que dívida do Estado é impagável
Governador eleito participou de encontro da coordenadoria da região dos Vinhedos do PMDB e depois foi a Nova Roma do Sul
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