A Comissão Temporária Especial Pró-tombamento da Maesa, da Câmara de Vereadores, vai solicitar ao Executivo uma posição sobre o documento entregue em setembro pedindo a inclusão urgente do prédio no patrimônio histórico oficial do município. Além disso, o grupo vai tentar agendar uma reunião na Assembleia Legislativa com a comissão técnica formada por governo do Estado e prefeitura para tratar do assunto.
A comissão técnica já promoveu duas reuniões e deve retomar os encontros até o início de março. Ela foi instituída para tentar conciliar o interesse do governo do Estado e da prefeitura. O Piratini espera retorno financeiro do prédio, hoje ocupado pelo Grupo Voges. Já o município busca preservar o prédio, construído em 1948, símbolo da indústria metalmecânica caxiense.
O imóvel se tornou patrimônio do Estado através do pagamento de dívidas de execução fiscal. Com um débito de impostos na ordem dos R$ 30 milhões, a empresa Mundial acertou a transação com o Piratini em dezembro de 2010. O grupo Voges foi mantido no local na condição de inquilino. O encerramento do contrato estava previsto para dezembro de 2013, mas a empresa continua no espaço.
A intenção inicial do Estado era vender o imóvel como forma de compensar os tributos que deixaram de ser arrecadados. O valor seria revertido para um fundo destinado à preservação de prédios públicos, evitando a retirada de recursos de áreas como saúde e educação. No entanto, a partir das reivindicações do município, o Estado decidiu ceder, em partes, ao interesse pela preservação dos aspectos históricos e culturais do prédio.
Nos dois encontros até agora, o grupo fez visita técnica ao prédio, em dezembro, e reuniu a documentação, inclusive o relatório de uma audiência pública realizada pela comissão da Câmara. Participam do grupo técnico representantes da Secretaria da Administração do Estado, o chefe de Gabinete da prefeitura de Caxias, Manoel Marrachinho, e o presidente do Samae, Edio Elói Frizzo.
Patrimônio Histórico
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