Anderson de Souza Lourenço, 29 anos, e Maximiliano da Silva Argiles, 25, são os soldados que morreram em um acidente de trânsito na noite desta terça-feira (29), no bairro Planalto, em Caxias do Sul. A viatura em que eles estavam, com outros dois colegas, capotou após uma perseguição pela BR-116. A colisão com um Sandero, com placas de Santa Catarina, ocorreu no km 151 da rodovia.
Ambos eram integrantes do 4º Batalhão de Choque e não eram naturais de Caxias. Lourenço nasceu em São Miguel do Iguaçu (PR) e Argiles em Santana do Livramento.
Lourenço ingressou na BM em 2021 e morava no bairro Nossa Senhora da Saúde, em Caxias do Sul, com a esposa e uma filha de 10 meses. A mãe e irmãos residiam na cidade paranaense de Santa Teresinha de Itaipu; já o pai, ex-militar, é falecido. Sem familiares na Serra, o casal tinha amigos na BM. Um deles é o soldado Vinícius da Luz de Oliveira, 30 anos, que era inclusive padrinho da filha de Lourenço:
— Ele era um pai, amigo e irmão sensacional. Quero estar sempre perto da minha afilhada para lembrá-la de quem era o pai dela e fazê-la sentir orgulho do policial que ele foi.
No final da manhã desta quarta-feira (30) o corpo de Lourenço será transladado para Santa Teresinha de Itaipu, onde a família o aguarda para dar continuidade ao velório e ao sepultamento.
Já o corpo de Argiles foi velado no Memorial São José, em Bento Gonçalves, e sepultado ainda na quarta no Cemitério Público Municipal. Max, como era chamado pela família, era natural de Santa do Livramento, mas morava com a família na Serra. Ele ingressou na corporação, em 2018.
O pai de Max, Thiago Argiles, é brigadiano há 18 anos, sargento da Força Tática do 3º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º Bpat). O comandante do pai e amigo da família, tenente José Renato Cabral lembra um pouco da relação de Max com a família:
- Max se espelhava muito no pai, tanto que seguiu a carreira dele. Ele se destacou positivamente na Brigada e fez a especialização do Choque, tornando-se muito atuante na profissão. Era um cara excepcional no âmbito profissional e pessoal. É muito triste, é uma perda lamentável.
O comandante do 4º Batalhão de Choque de Caxias do Sul, major Diego Soccol confirma que os outros dois soldados envolvidos no acidente não correm risco de morte. O passageiro da frente da caminhonete Hilux está em casa e o o motorista segue hospitalizado em observação.
Os ocupantes do Sandero não se feriram.