Um dos suspeitos de matar o taxista de Caxias do Sul João Vieira da Silva, 64 anos, em Jaguaruna, sul de Santa Catarina, foi preso no final da tarde de segunda-feira (17). Conforme o delegado da Polícia Civil da Comarca de Jaguaruna, Leandro Loreto, a prisão ocorreu na região do município de Morro da Fumaça (SC), distante cerca de 25 quilômetros do local do crime. O delegado afirma que seguem às buscas a outro suspeito e que a investigação está apurando a motivação do homicídio.
Silva foi encontrado morto na tarde do último domingo (16). Ele era motorista do táxi número 103 e atuava na Rodoviária de Caxias. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), um casal que passava pelo bairro Campo Bom avistou o corpo às margens de uma rodovia e comunicou a polícia, por volta de 16h de domingo. Silva apresentava ferimentos causados por faca, e estava com a cabeça coberta por uma camisa. Ainda conforme a polícia, uma faca com cerca de 20 centímetros de lâmina foi encontrada próxima ao corpo.
O veículo que Silva dirigia, um Spin/GM, foi abandonado em um posto de combustível, nas proximidades de onde o corpo foi encontrado. Na manhã desta terça-feira (18), o proprietário do carro, Daniel Barcarol, para o qual Silva prestava os serviços como taxista, relatou que a vítima o havia comunicado que realizaria uma corrida já agendada para o município de Jaguaruna, na tarde do último sábado (15). Os passageiros seriam dois homens. Após isso, não teve mais contato com Silva.
— No domingo à noite eu recebi uma ligação da Polícia Militar dizendo que o carro tinha sido encontrado abandonado sem ninguém dentro. No início da tarde de segunda (17), me ligaram dizendo que acharam ele sem vida — relata Daniel.
O presidente do Sindicato dos Taxistas de Caxias do Sul, Adail Silva, relembra que João Vieira da Silva atuava na profissão há mais de 30 anos.
— Era um cara gente boa, muito família, do bem. É triste. Nós estamos nos inteirando das informações e lamentamos muito esse ocorrido. Quando eu soube, ontem (segunda) pela manhã da morte dele, eu perdi o chão. Toda essa brutalidade que fizeram com ele nos deixa muito triste — diz Adail.
O corpo do taxista estava no Instituto Médico Legal (IML) de Tubarão (SC) e foi transferido para o município de Dois Vizinhos (PR), onde será sepultado. Segundo Daniel Barcarol, era um desejo dele ser enterrado na cidade onde seus pais estavam sepultados.