Na madrugada desta quinta-feira (29) o porteiro de um prédio localizado na Rua José Bisol, no bairro Nossa Senhora de Lourdes, em Caxias, foi surpreendido por quatro indivíduos. Os homens o renderam e seguiram até um apartamento, onde ameaçaram a moradora com um artefato semelhante a uma granada, mas que não possui efeito explosivo.
De acordo com o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Ricardo Vargas, os homens chegaram em um veículo e estavam vestidos com fardas policiais. Eles renderam o porteiro e foram até um dos apartamentos. Vargas salienta que a mulher ameaçada pelos criminosos não era a pessoa a quem eles estavam procurando.
— Trabalhamos com essa linha principal de que foram ao local para a execução de outra pessoa que não foi localizada. Estamos com o setor de inteligência analisando os vínculos e possíveis mandantes e autores. Já temos suspeitos e iremos agir — afirma o comandante, que também salienta que os envolvidos são integrantes de uma facção criminosa.
A Brigada Militar (BM) foi acionada pouco antes das 5h para atender a ocorrência. Ao longo da manhã, policiais Militares retornaram ao prédio para conferir as imagens das câmeras de monitoramento, além de uma varredura no apartamento da moradora atacada. Segundo o comandante, os móveis foram quebrados e revirados e, em meio aos escombros, os policiais localizaram o artefato deixado pelos suspeitos. O Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar (Bope) foi acionado, auxiliou na evacuação dos moradores e desarmou o objeto, que foi levado ao Instituto-Geral de Perícias (IGP) e identificado como uma granada de luz e som, que é utilizada para atordoamento. Ou seja, possui efeito diferente das tradicionais granadas utilizadas para explosões.
— A intenção dos criminosos era assustar, só que eles não a puxaram da forma correta e, por isso, ela não estourou — complementa o comandante.