Desde 2020 desativado, o policiamento comunitário deve ser retomado em Caxias do Sul. Pelo menos, esse é o plano do novo comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Ricardo Moreira de Vargas. Trata-se de uma reativação do serviço, que desde 2018 não conta com convênio com a prefeitura. De acordo com Vargas, a ideia é retomar algumas estratégias que a BM já tinha no município.
— Caxias está muito grande, beirando os 600 mil habitantes. Estamos com um estudo interno para tentar reativar a companhia que existia no bairro Cruzeiro, na zona leste. Nossa ideia é reativar esse módulo e trazer policiais para Caxias do Sul. Aí sim vamos poder implementar o policiamento comunitário — explica.
Inicialmente, de forma estratégica, as regiões contempladas serão as que cercam a cidade. De acordo com o tenente-coronel Vargas, a BM já tem três regiões definidas: Vila Cristina e Galópolis, Desvio Rizzo e Forqueta e Ana Rech. Ele explica que esses são pontos estratégicos na segurança pública e, por isso, a reativação deve ocorrer primeiro.
— Há 18 anos, quando eu trabalhei aqui em Caxias, o policiamento comunitário era muito forte, principalmente nessas regiões. A BM tinha isso porque acreditava na filosofia do policiamento comunitário, por trabalhar com a questão da integração da comunidade com o policial — relembra Vargas.
De acordo com o tenente-coronel, o município tem uma característica muito forte e que é de conhecimento da BM que é da aproximação dos oficiais com o cidadão. No entanto, o 12º BPM sofre com uma defasagem de cerca de 40% no efetivo em Caxias e, após a reestruturação do batalhão nos últimos anos, as estratégias do policiamento comunitário não tiveram continuidade.
Agora, a BM busca colocar, cada vez mais, nas escalas de serviço dos oficiais, visitas frequentes das guarnições nas comunidades que receberão o policiamento comunitário para, desde já, começar um levantamento de informações.
Para aproximar o policial da comunidade
Conforme Vargas, o policial precisa residir no bairro em que ele trabalha. Assim, é possível conhecer melhor a região e estar todos os dias no mesmo local.
— É sempre a mesma dupla de policiais. Assim eles conseguem perceber se tem algum veículo suspeito naquela região, atitudes suspeitas. Com isso, o policial conhece mais os problemas dessa comunidade, do dia a dia das pessoas e consegue trabalhar melhor e buscar as melhores soluções para os problemas — pontua.