Por estratégia das investigações a Polícia Civil não confirma a quantidade exata, mas diz que a maioria dos 12 mandados de busca e apreensão que investigam a má utilização de recursos aprovados pelo Pró-Esporte foram cumpridos em Caxias do Sul.
A Operação chamada Circuito Fechado se iniciou por volta das 6h e resultou na prisão de um homem por posse irregular de arma de fogo. Dois revólveres calibre .38 e uma Honda Bis com o número do chassi suprimido, documentos, US$ 536 e R$ 24 mil em dinheiro foram apreendidos.
A identidade do preso não é revelada pela Polícia Civil, que também não divulga quem são as quinze pessoas alvo da operação. A partir de agora, segundo o delegado Max Ritter, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), eles serão investigadas por crimes contra a fé pública, uso de documento falso e estelionato contra a administração pública estadual.
— Ainda podem responder por corrupção ativa e passiva e associação criminosa. No âmbito da responsabilidade do Deic, iremos agora examinar as provas apreendidas em todos os endereços e verificar a extensão da culpabilidade, além de chamá-los para interrogatório — explicou.
Alvo da operação da manhã desta quarta-feira (9), duas associações de automobilismo tiveram sete projetos liberados entre 2019 e 2020. Segundo a investigação, em parte, o dinheiro iria para financiar pilotos da Stock Car Light, que não tem ligação com a fraude. Mas a verba do projeto também era desviada por meio de notas fiscais suspeitas, principalmente para pagamento de empresas especializadas em transportar os carros usados nas corridas. Na verdade, os valores eram divididos posteriormente entre os investigados, além de não gerar arrecadação de impostos.
A secretaria dos Esportes e Lazer do RS emitiu um comunicado que diz colaborar integralmente com as investigações. Confira na íntegra:
A Secretaria do Esportes e Lazer do RS (SEL) informa que os indícios de irregularidades apurados pela operação deflagrada nesta quarta-feira (9/11) pela Polícia Civil foram, inicialmente, detectados pela própria pasta, em ação coordenada com a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) e a Procuradoria-Geral do Estado (PGE), cujo encaminhamento gerou a ofensiva policial agora realizada.
Dessa forma, a SEL permanecerá, como desde o início, colaborando integralmente com as investigações para buscar a responsabilização pelas ações irregulares que restarem comprovadas a partir do devido processo legal, bem como ressarcimento ao erário.