A Polícia Civil prendeu preventivamente dois homens apontados como autores de um princípio de atentado contra uma família em Caxias do Sul. O crime só não aconteceu graças a ação da Brigada Militar (BM), que apreendeu quatro bombas incendiárias caseiras (coquetel Molotov) e duas armas.
As prisões aconteceram nos bairros Belo Horizonte e Santa Catarina, na manhã dessa quarta-feira (19). Os suspeitos, de 20 e 25 anos, não tiveram as identidades divulgadas.
Segundo a Polícia Civil, em junho de 2021, a dupla planejou matar qualquer um dos membros da família, que mora no bairro Esplanada. O atentado seria uma forma de represália a um homicídio ocorrido anteriormente naquele ano.
Na ocasião, os suspeitos foram presos em flagrante com quatro coquetéis Molotov e quatro litros de combustível, além de uma espingarda calibre .12 e um revólver calibre .38. Eles foram autuados por porte ilegal de arma de fogo e receptação e encaminhados para o sistema penitenciário, mas foram beneficiados com a liberdade provisória em razão do crime enquadrado.
— Eles estavam em atos preparatórios, então não podiam ser punidos pelo homicídio (que pretendiam), pois não cometeram, felizmente, graças a ação dos policiais militares. A nossa legislação não pune a mera intenção (de cometer um crime). Esta prisão preventiva acontece após um entendimento do juiz, durante a condenação por aquele porte ilegal, que estes sujeitos oferecem risco a ordem pública — explica o delegado Caio Márcio Fernandes.
Neste período entre o flagrante da BM e a condenação no Judiciário, a Delegacia de Homicídios continuou monitorando os suspeitos. Tão logo soube que foi decretada a prisão preventiva, os agentes providenciaram a captura com vistas a evitar outros potenciais crimes.
Com estas ordens judiciais cumpridas, a Homicídios já contabiliza 11 prisões realizadas neste início de ano.