Cinco dias após o ataque a tiros que matou pai e filho em frente ao Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, um dos dois torcedores feridos permanece hospitalizado. Dois homens haviam sido baleados por engano na ação criminosa que resultou na morte de Willian Fialho Schneider, 37 anos, e Gilberto Schneider, 57. Conforme informações repassadas à reportagem por pessoas que preferiram não se identificar e confirmadas pela Polícia Civil, um dos sobreviventes já recebeu alta e se recupera em casa, enquanto o outro continua internado. Detalhes do estado de saúde dos torcedores não foram divulgados.
O crime ocorreu na madrugada da última sexta-feira (10) após a partida entre Juventude e Corinthians. Gilberto morreu no local e Willian foi socorrido, mas entrou em óbito logo depois de chegar ao Hospital Pompéia. A principal linha de investigação da Polícia Civil é que o alvo dos tiros era Willian, que estaria na cidade para acompanhar a partida. Ele tinha passagens na polícia.
Segundo o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Caio Marcio Fernandes, a polícia ainda busca identificar os autores do ataque a tiros. Imagens do entorno do estádio estão sendo analisadas para contribuir no inquérito, embora não haja registros de câmeras do momento exato do crime.
Informações colhidas logo após o ataque indicam que o atirador estava em um carro prata tripulado por quatro pessoas. Após o duplo homicídio, o autor dos disparos retornou ao veículo e o grupo fugiu pela Rua Borges de Medeiros em direção ao bairro Primeiro de Maio.
— Sugere que alguns desafetos tenham identificado a presença dele (Willian) em razão do jogo e acabaram observando essa possibilidade para prática do delito — diz o delegado.