O principal suspeito de ter assassinado a estudante Jordana Tamires Christ Watthier, 13 anos, está desaparecido. O corpo da adolescente foi encontrado em um matagal de Bom Princípio , por volta das 15h30min de domingo, após um telefonema anônimo aos Bombeiros Voluntários do município. O denunciante pode ter sido o próprio autor do assassinato, segundo a Polícia Civil. Ele tem relações próximas com a família da vítima e deixou de manter contato após o crime.
O assassinato abalou Bom Princípio, cidade de 14 mil habitantes no Vale do Caí. A escola onde a adolescente estudava, no bairro Morro do Tico-Tico, e a Secretaria da Educação da cidade emitiram nota de pesar.
O corpo de Jordana estava numa área verde perto da RS-122 e nas proximidades do posto do Grupo Rodoviário de Bom Princípio. Assim que os bombeiros perceberam a vítima, acionaram a Polícia Civil. Com sinais de estrangulamento e violência sexual, o corpo foi encaminhado para o Departamento Médico Legal em Porto Alegre e as conclusões dos exames ainda são aguardadas pelo delegado Marcos Eduardo Pepe, que comanda as investigações do caso. Os pais da menina estão sendo ouvidos na DP nesta segunda-feira sob forte abalo emocional.
- Existe uma linha de investigação que sugere ter sido o próprio autor do crime quem avisou os bombeiros. A causa da morte indica, embora a perícia que irá dizer, que foi por enforcamento. Foi encontrado um fio junto ao pescoço - afirma.
O delegado plantonista que atendeu a ocorrência, Paulo Ricardo Costa, diz que Jordana estava despida e o que tudo indica que adolescente teria sido violentada e morta pouco antes de a polícia encontrá-la. Segundo o delegado, relatos de testemunhas deram conta de que o suspeito do crime teria sequestrado a adolescente na madrugada de sábado (3) para domingo (4).
Conforme o delegado Costa, um Fiat Uno do possível autor do crime foi localizado em Montenegro horas depois. O celular do suspeito e a chave do carro estavam no veículo. De acordo com Costa, o investigado havia avisado a uma irmã que abandonaria o carro em Montenegro, o que foi confirmado pela polícia. O veículo e o telefone foram apreendidos. A perícia realiza exames de necropsia, verificação de violência sexual, testes toxicológicos e coleta de material genético para confirmar a identificação do autor do crime. Segundo a investigação, o suspeito tem dois estupros na ficha criminal.